quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Você sabe o que acontece durante uma explosão atômica?



Nós Já falamos por aqui em diversas ocasiões a respeito de bombas nucleares, testes assustadores e explosões atômicas que entraram para a História. Aliás, com relação às únicas detonações que aconteceram para valer, durante um conflito real, foram as de Hiroshima e Nagasaki, há pouco mais de 70 anos, com poder explosivo de 16 e 21 quilotons, respectivamente, resultando em um total de mortos estimado entre 129 mil e 246 mil pessoas.

Você ficou impressionado com a quantidade de vítimas acima? Pois essas foram as pessoas que pereceram apenas durante as explosões das bombas — e não incluem os que morreram mais tarde, em decorrência dos devastadores efeitos da exposição à radiação!

O mais preocupante é que atualmente existem cerca de 15 mil ogivas nucleares no mundo — a maioria consideravelmente maior e mais poderosa do que as que explodiram sobre o Japão na Segunda Guerra Mundial. Então, o que poderíamos esperar se, por desgraça, um novo conflito global tivesse início e os países inimigos começassem a lançar bombas atômicas uns contra os outros? O pessoal do canal AsapSCIENCE explicou tudinho em uma interessante animação. Veja:


* Você pode ativar a tradução da legenda automática no menu do vídeo.


Guerra nuclear

Segundo a animação acima, o impacto provocado por uma única bomba nuclear depende de vários fatores, como o clima, a hora do dia em que o projétil foi detonado, as características geográficas do local, se a explosão ocorreu ainda no ar ou depois de impactar o solo etc. No entanto, independente desses fatores, uma coisa é de conhecimento comum: cerca de 35% da energia liberada na detonação acontece na forma de radiação térmica — isto é, na forma de calor.


Como a radiação térmica viaja aproximadamente na velocidade da luz, a primeira coisa que atingiria alguém próximo ao local da explosão seria um intenso flash de luz e calor, e a luminosidade seria suficiente para causar uma cegueira temporária por ofuscamento. Mas isso seria apenas o começo...

Um megaton

Considerando a explosão de uma bomba com um megaton de energia — ou seja, uma bombinha cerca de 80 vezes mais poderosa do que a que explodiu sobre Hiroshima —, quem estivesse até 21 quilômetros de distância sofreria de cegueira se a detonação ocorresse durante o dia — enquanto que se a explosão ocorresse à noite, pessoas situadas a 85 quilômetros de distância poderiam ter a visão ofuscada.



Com relação ao calor, evidentemente, a proximidade ao local da detonação seria um fator importante. Assim, as pessoas situadas a 11 quilômetros de distância sofreriam queimaduras de primeiro grau, de segundo grau a 10 km do sítio da explosão, e de terceiro grau a partir dos 8 quilômetros. Além disso, aqueles que sofrerem queimaduras de 3º grau em mais de 24% do corpo provavelmente morreriam se não recebessem cuidados médicos imediatamente.

O pessoal do canal explicou que as distâncias acima são variáveis e dependem dos fatores que eles mencionaram no início da animação. No entanto, a cor das roupas pode exercer certa influência, já que vestimentas brancas poderiam refletir parte da energia, enquanto que as pretas absorveriam mais o calor liberado. Porém, azar mesmo — ou não, dependendo de como você considerar a experiência toda — teriam os que estivessem no centro da explosão.

A temperatura no local onde a bomba de Hiroshima explodiu foi estimada em 300 mil graus Célsius, isto é, 300 vezes mais alta do que a aplicada durante a cremação humana. Isso significa que as pessoas que estavam próximas do ponto onde a bomba foi detonada foram reduzidas a cinzas quase instantaneamente. Mas não foi só o calor extremo que matou as pessoas mais próximas da detonação. Veja:



Segundo a animação, a maior parte da energia de uma bomba nuclear é liberada na explosão, fazendo com que o ar se mova rapidamente a partir do local da detonação. Isso cria variações repentinas na pressão atmosférica que, por sua vez, pode levar à destruição de casas e edifícios. No caso da bomba de 1 megaton, as ondas de choque produziriam 180 toneladas de força em estruturas com até dois andares e ventos de 255 km/h em um raio de 6 quilômetros da explosão.



Dentro de um raio de um quilômetro, a pressão seria quatro vezes mais alta, e os ventos poderiam passar dos 750 km/h. Na verdade, os seres humanos são capazes de suportar a essa pressão toda, mas dificilmente sobreviveriam aos escombros das casas e prédios que seriam destruídos. Aliás, imagine o que aconteceria se, em vez de apenas 1 megaton, a explosão tivesse o mesmo poder da Tsar Bomba, que tinha 50 megatons — ou mais de 3 mil vezes o poder da bomba de Hiroshima!

Pós-bomba

Pois quem sobrevivesse a tudo o que foi descrito acima, ainda enfrentaria os efeitos da radiação e da temida cinza nuclear — que nada mais é do que a poeira radiativa resultante da explosão e que se espalha pela atmosfera. Segundo o pessoal do AsapSCIENCE, a exposição a 600 REM de radiação, por exemplo, oferece 90% de risco de que a pessoa desenvolva doenças fatais, enquanto que uma dose de 450 REM ofereceria um risco de fatalidade de 50%.




O problema é que as pessoas que sobrevivem à exposição inicial ainda poderão sofrer com mutações genéticas provocadas pela radiação — que podem resultar no surgimento de cânceres no futuro. E voltando à cinza nuclear, as partículas radiativas que ficam em suspensão na atmosfera podem viajar por milhares de quilômetros, dependendo das condições do vento e, eventualmente, elas acabam voltando à superfície da Terra .

Por sorte, a cinza nuclear costuma decair rapidamente, tendo sua radiação reduzida a 1% do nível original em um período de aproximadamente duas semanas. O perigo é que, no caso de uma guerra com, digamos, 100 detonações de bombas atômicas como a de Hiroshima — o pessoal do AsapSCIENCE considerou a Índia e o Paquistão explodindo um ao outro —, cerca de cinco megatons de poeira seriam lançados na atmosfera.

Com isso, a temperatura do planeta inteiro cairia significativamente, e nós teríamos uma queda de 9% nas chuvas anuais. Como resultado, o mundo inteiro poderia sofrer com a perda de cultivos e, consequentemente, com a falta de alimentos — e um estudo apontou que 2 bilhões de pessoas poderiam ser afetadas pela fome. Tenso, né?

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